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domingo, 8 de outubro de 2017

LUCUBRAÇOES MACABRAS
RESPEITAR OS MORTOS?
OU
CULTUAR OS VIVOS?
         Muitos amigos a quem admiro e respeito tem postado insistentemente que devemos respeitar nossos mortos (ancestrais) no que concordo plenamente porem uma duvida me vem a mente:
1-    Devemos respeitar ou cultuar nossos mortos (ancestrais) ?
Nossos mortos segundo o pensamento de nossa religião tornam-se nossos ESA e devem ser devidamente cultuados em locais próprios dentro da casa de AXÉ, anualmente lembrados em cerimonia especifica AXEXE e nunca esquecidos no momento do IPADE quando seu nome será falado pela/o oficiante, isso, se a casa de AXÉ esta devidamente preparada para tais preceitos caso contrario existe diversas formas de homenageá-los de acordo com o conhecimento de cada qual.
Por outro lado respeitar os nossos pares, os (vivos) deve ser nossa preocupação atual, preocupar-se com nossos irmãos atuantes e lideres de seus AXÈ sejam eles babalorixa ou Iyalorixas, Ebomis, Ogans ou Ekedis, muitas vezes menos favorecidos tanto no campo religioso como no campo intelectual, notadamente no campo intelectual onde carecemos de formar quadros pensantes e sem respeita-los não atingiremos nossas metas futuras, eleger alguém de nossa religião.
 Temos que respeitar hoje os que amanhã poderão nos representar e obviamente estes são nossos mais novos sejam eles IAWO ou ABIANS que ao adentrar em nossos terreiros nos trazem novas ideias, novos fatos, coisas que nunca pensamos, mas devemos olhar com parcimônia para esses jovens.
Sou casado com uma hoje IAWO futuramente uma EBOMI, uma mulher formada em pedagogia com pensamentos diferentes dos meus assim como a Iya Efun da casa também pedagoga e militante dos direitos fundamentais, politicamente são ativistas e diferem do meu pensamento mais antigo, em torno delas duas centenas de pessoas das mais diversas culturas e religiões circulam sejam elas convergentes ou divergentes, elas convivem em universos diferentes e podem trazer novas ideias ou projetos desde que estejamos abertos e a ouvi-las, deixar o ranço de lado, jogar fora nosso radicalismo besta e o nosso autoritarismo religioso, da mesma forma devemos olhar nossos pares seja eles de nossa religião ou não, devemos começar a fazer o que pregamos o (AJÒ) e não (EJÒ), creio que assim pensando conseguiremos concordar e nas próximas eleições teremos um, que seja apenas um, candidato eleito por nós.
Baba Gilberto de Esu.



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